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Analista prevê valor do Bitcoin e define próximos níveis

O analista da CryptoQuant, Axel Adler Jr, tem se mostrado bastante acertivo em suas previsões sobre o preço do Bitcoin nas últimas quatro semanas. Agora, ele compartilha uma nova análise que sugere os movimentos da criptomoeda nos próximos dias, embasado em dados de rede e no mercado de derivativos.

Ele aponta que o Bitcoin deve oscilar entre US$ 104 mil e US$ 112 mil, com bastante volatilidade e a possibilidade de alcançar novos máximos, desde que o fluxo de capital mantenha a tendência atual. Desde o início da semana, o par BTC/USD já subiu de US$ 98,2 mil para uma máxima de US$ 108,3 mil. Após essa alta, o preço entrou em uma fase de consolidação entre US$ 107 mil e US$ 108 mil, acompanhada por uma redução nos volumes. Essa diminuição é um sinal de que alguns investidores estão realizando lucros, enquanto outros, especialmente os grandes, têm buscado acumular mais posições.

Adler também destaca que a resistência mais próxima está em US$ 108,3 mil. Se ocorrer um rompimento nesse nível com aumento no volume, o Bitcoin pode rapidamente atingir a faixa de US$ 112 mil a US$ 115 mil. É nesse ponto que se concentram as maiores apostas em opções de compra. Por outro lado, o suporte imediato fica em US$ 104 mil, que precisa ser mantido para preservar a força altista da criptomoeda.

Valor do Bitcoin: dados da rede reforçam acúmulo e pressão compradora

Adler analisou também os dados on-chain e notou alguns sinais positivos na atividade da rede. O volume de transferências cresceu 14,7%, um aumento expressivo que indica maior movimentação tanto de investidores institucionais quanto de grandes players. O hashrate, que mede a segurança da rede, subiu 2,8%. Contudo, o número de carteiras ativas caiu 6,1%, mas ele vê isso como um sinal de consolidação. Isso acontece porque muitos investidores estão optando por manter seus bitcoins, ao invés de negociá-los, o que caracteriza um ambiente dominado por holders.

Além do mais, a capitalização do mercado teve um aumento de 5,1%, e as reservas de BTC em exchanges diminuíram em 1,3%, reforçando a ideia de escassez de oferta no curto prazo. Esse cenário pode preparar o terreno para uma próxima alta, especialmente se algum gatilho macroeconômico positivo surgir.

No mercado de derivativos, os dados de opções revelam uma predominância de posições de compra (calls) acima dos US$ 106 mil, com destaque para strikes que vão de US$ 125 mil a US$ 130 mil. Isso demonstra um otimismo considerável entre investidores mais experientes que acreditam na continuidade da valorização.

Indicadores on-chain

Um indicador interessante, chamado Exchange Flow Multiple, que mede a entrada de BTC nas corretoras, atingiu o menor nível desde abril de 2023. Essa queda indica uma escassez de vendedores ativos, o que costuma preceder fases de alta. No entanto, a dominância das grandes transações nas exchanges voltou a subir, alcançando 96%, sugerindo que as baleias estão preparando seus ativos para uma possível distribuição futura.

Adler alerta para a influência que o cenário macroeconômico pode ter. Embora a tendência geral pareça ser de alta, fatores como dados de inflação, emprego e posicionamentos do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, podem mudar essa trajetória. Ele acredita que, se o Fed apresentar um tom mais suave, o Bitcoin tende a romper os US$ 109 mil e buscar novos patamares. Mas, se o discurso for mais endurecido, pode ocorrer uma realização de lucros, trazendo preços para perto dos US$ 100 mil.

Por isso, ele recomenda que os investidores fiquem atentos a três indicadores principais: a entrada de stablecoins nas exchanges, o crescimento de novas carteiras UTXO acima de 700 mil, e a fraqueza do dólar no índice DXY. Esses fatores, somados à atual falta de liquidez, favorecem um possível teste na zona dos US$ 112 mil ainda nesta semana.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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